Sabemos que a sociedade brasileira e caracterizada por uma grande “mistura” a pluralidade étnica, sendo esta produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Este contato favoreceu o intercurso das culturas, levando à construção de um país miscigenado. Mas apesar da importância desta troca cultural, esse contato desencadeou alguns desencontros. As diferenças se acentuaram, levando à formação de uma hierarquia de classes que deixava evidentes à distância e o prestígio social entre colonizadores e colonos. Os índios e, em especial, os negros permaneceram em situação de desigualdade situando-se na marginalidade e exclusão social, Sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, os sujeitos tornam-se alheios ao exercício da cidadania.
È na escola que acontece o processo de socialização das crianças desde a educação infantil até nas séries finais é nela que se estabelecem relações com crianças e jovens de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. Por isso nós professores temos que estar preparados através das diversas formações para tornar esta troca de conhecimento agradável sem nenhum tipo de preconceito.
Devemos refletir, contudo de como a escola oferece a possibilidade de colocar num mesmo cenário esta problematização. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da eqüidade. Sendo assim, aguardamos mecanismos que devam possibilitar um aprendizado mais sistematizado favorecendo a ascensão profissional e pessoal de todos os que usufruem os seus serviços.
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